sábado, 15 de novembro de 2008

JANEIRO 2008

31/01/08 23:52:42 Status: Arquivado
CARLOS ALBERTO

Descanse em paz

*01 Jan 1962 +31 Jan 2008




26/01/08 00:00:00 Status: Arquivado
OS BENEFÍCIOS DO ESPORTE

Eu li há alguns dias atrás no diário LANCE! uma reportagem sobre “Os Benefícios do Esporte”, só que nesta reportagem, que na verdade foi uma matéria de um colunista (Rogério Romero - Secretário Adjunto da Secretaria de Esportes de Belo Horizonte), não se falava do bem do esporte e sim do mal... Ou seja, o colunista falava sobre uma palestra que esteve presente onde um professor de educação física questionava os verdadeiros benefícios que o esporte traz para a vida do jovem de hoje em dia... Na palestra foi mostrada a famosa cabeçada do Zidane, um boxeador golpeando um adversário já caído, brigas no hóquei sobre gelo, além de brigas de torcida e outras imagens mais... Pensando friamente, este palestrante tem razão, pois o esporte de hoje em dia tem muita competitividade e vencer se tornou uma obsessão... Chega ao ponto de um torcedor do time rival ser considerado um inimigo que deve ser eliminado... Que absurdo!!! O 2º colocado é sempre o primeiro dos últimos... Mas não é só no esporte não, a vida também está virando isto... Todos querem ter mais que o outro, todos queremos vencer em tudo na vida... Capitalismo selvagem... Tanto no estudo, emprego e etc. Mas o Rogério Romero acredita que o saldo é positivo, e eu também... Eu não gosto de praticar esportes, mas amo futebol e sou viciado ao ponto de passar mal em jogos muito emocionantes... É difícil eu trocar o jogo do Mengão por qualquer compromisso... Eu trato isto como tipo uma higiene mental... É o meu momento de lazer... Um Abraço!!!

25/01/08 01:12:11 Status: Arquivado
A VIA LÁCTEA

“Eu nem sei por que me sinto assim, vem de repente um anjo triste perto de mim... E esta febre que não passa e meu sorriso sem graça, não me dê atenção e obrigado por pensar em mim...”
Realmente me afetou... Mas é normal... Sempre que eu converso com o meu irmão sobre estes assuntos, eu me sinto muito mal... Não sei se o fato maior é por eu ter um medo terrível de entrar em “crise psicótica” também ou só pela tristeza de ele se recusar a se relacionar comigo de um tempo pra cá... Eu ter crise não seria nenhuma surpresa, pois esta é uma ocorrência normal na minha família... Talvez se eu entrasse em crise, o meu irmão voltaria a me tratar normalmente... Mas não é isto que eu quero, e também nem posso passar por isto agora... E espero que seja só impressão... Eu cheguei ao ponto de me decidir por Psicologia ao invés de Biologia... Mas tudo bem... Vai passar... Amanhã é outro dia...

22/01/08 01:04:40 Status: Arquivado
ENCONTRO EM JACONÉ

Depois de um fim de semana em Jaconé se divertindo, a segunda-feira era pra começar leve... Mas não foi assim... Logo cedo eu acordei com a campainha tocando e era a Light para medir a luz... Levanto pra fazer um café e não tem açúcar, desço pra comprar e descubro que já estou gastando o orçamento do dia 27 e lembro que o carro está com cabeçote rachado e eu não tenho como consertar... Ao voltar a vizinha me conta que... Entrando em casa vejo pedaços de madeira na escada e percebo que o caibro de sustentação do telhado do terraço caiu e o teto está comprometido, também não tenho como consertar agora... Mas o que fazer? Eu tenho que seguir em frente... Não adianta chorar por que o mundo está desabando... A vida é um desafio, e eu estou aqui pra vencer... Todos estes problemas serão resolvidos em breve... No final do dia de trabalho eu ainda tive que pegar três horas de chuva chegando em casa todo molhado e quase com hipotermia...
Mas falando sobre o encontro, foi excelente... Um exemplo de organização e liderança... Até porque foi um encontro dos Líderes Desbravadores... Que grupo excelente!!! Unido, amigo, consciente e com objetivos sensatos em comum... De repente aí esteja o sentido da “religião”... Passei dias felizes com este pessoal... Entre outros fatos interessantes vale ressaltar a picada que o Dinho levou de marimbondo ficando com o olho enorme, os papos que vararam as madrugadas e a impossibilidade de conseguir um banho de mar com ondas de cinco metros de altura... O que eu não gostei foi o que ouvi em uma palestra, onde foi dito que tudo o que você luta e se esforça pra conseguir, se der certo os méritos são todos de “Deus”, mas se der errado, a culpa é toda sua... Que estranho, não? A nota triste ficou por conta do nosso motorista da van, que se acidentou na viagem, mas felizmente tudo está bem com ele... A mesma sorte não teve o outro motorista envolvido no acidente que infelizmente veio a falecer...
Mas a vida é assim mesmo, sempre com desafios, mas encontros como este sempre te dão uma força a mais pra continuar lutando...
Um Abraço!!!


18/01/08 00:00:00 Status: Arquivado
A TERRA É REDONDA

"A Igreja diz que a Terra é achatada, mas sei que ela é redonda, porque vi a sombra na Lua, e tenho mais fé numa sombra do que na igreja."

Fernão de Magalhães

Esta semana após algum tempo eu tive a oportunidade de visitar a Terra Redonda que é um site da “sociedade ateísta”... Eu nem sou tão ateu assim, me considero agnóstico, pois considero a possibilidade de existir “deus”, mas este site é muito interessante, pois é o extremo do ateísmo, assim como a Igreja é o extremo do teísmo... Lá tem algumas perguntas e respostas sobre o ateísmo e vários arquivos para quem quiser pesquisar sobre o assunto... Vale a pena dar uma olhada... Clique aqui e confira...
Um Abraço!!!


14/01/08 00:00:00 Status: Arquivado
MEU AMIGO ENFERMEIRO

Eu relatei há alguns “posts” atrás sobre o Complexo Psiquiátrico Juquery em São Paulo... Na verdade eu reproduzi uma matéria publicada na Internet sobre o hospital... Deixei tudo quieto e sem comentários para que quem lesse, tirasse suas próprias conclusões... Bom! Neste relato vem denúncias de abusos contra doentes mentais que aconteceram em Franco da Rocha, mas eu poderia falar de muitos outros hospitais do Brasil, como o Hospital de Barbacena em Minas Gerais, o Dr Eiras aqui no Rio de Janeiro, ou até mesmo os três hospitais que o meu irmão ficou internado em que ele relata também abusos nos seus blogs... Mas o interessante é notar que talvez estas práticas de abusos tenham começado naquela época, quando eletro choque e ficar amarrado eram aplicados aos pacientes como forma de punição, e eram enviados para os manicômios não só os doentes mentais, mas mendigos, marginais, negros e todos que eram importunos e inconvenientes, por exemplo... Se a Justiça começasse a investigar de verdade, com certeza iria achar muitos outros absurdos, pois conforme o texto anterior mostra, existia até cemitério clandestino com covas coletivas... Absurdos loucos que eu nem gosto de falar, mas hoje eu preciso e devo fazer isto... Teve uma época da minha vida, após a primeira crise do meu irmão, que eu não podia nem ouvir falar em psiquiatria ou psicologia que eu me sentia mal, a ponto de não conseguir dormir... Talvez por trauma ou preconceito... Eu nunca imaginei que teria que passar por problemas psiquiátricos tão pertos de mim... Mas ainda acredito que o doente mental deva ter tratamento, mas qual? Com certeza este (tratamento) que nós vemos em vários relatos de pacientes, é que não pode ser... Os doentes mentais de hoje ainda são tratados como excluídos, tanto pela sociedade como pela família...Eu por exemplo precisei de auxílio de psicólogo há pouco tempo atrás, imagine se eu fosse tratado com eletro choque ou fosse amarrado? Com certeza estaria pior do que antes... Quando eu estava em “crise” eu procurei ajuda em todos os cantos, em todos que pudessem me ajudar... Nesta busca eu contatei também com o tal MEU AMIGO ENFERMEIRO... O que não me falta é amigo enfermeiro, mas por mais curioso que possa parecer este “enfermeiro” não é meu amigo, ele é apenas um conhecido, que eu não vi mais desde a conversa sobre psiquiatria... Mas com a ajuda dele, do meu psicólogo, de amigos, de minha esposa e meus irmãos eu acredito ter conseguido superar a pior parte do meu problema e estou hoje pronto pra vencer o meu “desafio da vida”...

Um Abraço!!!

Sorte pra mim e pra vocês também...

12/01/08 09:35:35 Status: Arquivado
DEU NO GLOBO

Curiosidade!!! No dia 29 Dez 2007 eu li uma reportagem num blog do Jornal Zero Hora de Porto Alegre falando sobre CDI (Comitê para Democratização da Informática), e no entanto esta mesma reportagem é do jornal O Globo do Rio de Janeiro... Ora! Onde está a curiosidade? Pois é, esta matéria o Globo só publicou no dia 06 Jan 2008, conforme relata o Blog PACIENTE PSIQUIATRICO em 08 Jan 2008, mas o Jornal Zero Hora publicou em Dezembro... O curioso é que o texto é o mesmo... Mas deixa pra lá... Bem, eu falei num post passado sobre ZHEREAL ter seu nome citado no tal Jornal Zero Hora, mas o assunto é mais importante agora, pois está n’O Globo também, como você pode ver na foto acima... Muito interessante o trabalho realizado por ele e a idéia d’O Globo de fazer a reportagem é muito interessante, pois por se tratar de um dos maiores jornais do país (se não for o maior), a notícia acaba tendo uma repercussão muito grande, como aconteceu neste caso... A notícia além de está rodando pela Internet em blogs e sites de notícia, saiu também no site da ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria)... Isto é bom para divulgar trabalhos como este (do CDI) e para mostrar coisas como a Luta Antimanicomial, que precisa cada dia mais se tornar conhecida... Se estiver interessado em ler a reportagem e não tiver comprado O Globo de domingo passado, basta clicar em um dos links acima, que com certeza em um deles você vai conseguir ler a reportagem na íntegra... Um Abraço!!!

09/01/08 21:43:02 Status: Arquivado
DENÚNCIA
Cem anos devem mostrar o que a história do Juquery escondeu

Em 18 de maio de 1898, nascia o maior hospital psiquiátrico do Brasil. A primeira colônia agrícola do Asylo de Alienados do Juquery abria suas portas para abrigar os mais diversos tipos de excluídos da sociedade de então: eram 80 pessoas, entre mendigos, marginais, negros e doentes mentais. O nascimento do Juquery inaugura a medicina alienista de aviltamento científico e ocorre num cenário republicano ligado ao mercado, transparecendo a característica higienista do momento – que tem como traço o conceito de limpar as ruas, sanear a imagem e o espaço urbanos, tirando da vista tudo que implique em estorvo à produção: prostitutas, mendigos, pobres, negros, enfim, um ‘pool’ de pessoas que não respondia à produção, representante de um proletariado degenerado”. A história é narrada por Isabel Cristina Lopes, psicóloga e fundadora da Associação SOS Saúde Mental, uma ONG que, ao lado de outras entidades integrantes do Movimento Nacional de Luta Antimanicomial, trabalha no desmascaramento das festividades que se vêm promovendo por ocasião do aniversário da instituição.
“Os imigrantes passavam por um período de quarentena, chegavam aos milhares, atraídos pelo chamamento de ter terras, conquistar o país. Quando se percebia que algum deles não era aproveitável para a produção, portava problemas físicos ou mentais, ele era convidado a voltar ao seu país de origem. Caso não dispusesse de dinheiro para fazê-lo, poderia ser sumariamente jogado no hospital psiquiátrico, que, assim, afirma-se como um espaço asilar de convergência de todos os que eram considerados ‘improdutivos’, o que é sinal de uma lógica eugenista”. A segregação continua. O lado oculto do Juquery só aos poucos vem à luz.
Desesperança e morte
Hoje, passados cem anos, o perfil dos internos do Juquery, instituição idealizada pelo psiquiatra Franco da Rocha, não é muito diferente. Dos 1.670 pacientes, apenas 25% são apontados como ‘doentes mentais’. Internados há muitas décadas, passam a vida na mais completa ociosidade, deslocando-se apenas para cumprir atividades vitais como comer, dormir e, esporadicamente, tomar banho de sol. As queixas de má alimentação e falta de higiene ainda são uma constante. Perspectiva alguma, melhoras tímidas. Neste século de desesperança, não há o que comemorar.
Apesar de aparentemente mais civilizada, a sociedade ainda não consegue conviver com aqueles que rotula de diferentes, submetendo-os à mais simples e crua exclusão, fonte inequívoca de grande parte do sofrimento que os atinge. “Estes cem anos ferem, envergonham e criam dívida com a história da humanidade. Eles têm a marca e a identidade do sofrimento humano”, lamenta Cristina. Às vésperas do século XXI, o Brasil detém a nada honrosa posição de país com o maior parque manicomial do mundo, com quase 100 mil pacientes confinados, pouco menos que os 124 mil que já passaram pelo Juquery em seus cem anos de morte. “O hospital psiquiátrico promove a morte da subjetividade, dos desejos, a morte psíquica oficialmente naturalizada. A segregação e a marginalização daqueles que apresentam sofrimento mental é fruto de uma cultura que não tolera o diferente”, denuncia a fundadora da ONG SOS Saúde Mental.
Nem a direção atual do Juquery descarta a ocorrência histórica de maus-tratos dos internos. Urge que o modelo seja substituído e não reformado: este é o lema do Movimento Nacional de Luta Antimanicomial. Hospitais como o Juquery seriam substituídos por uma rede de atenção em saúde mental na comunidade, com unidades básicas de saúde, emergências e enfermarias de saúde mental em prontos-socorros e hospitais gerais, residências terapêuticas, hospitais-dia e centros de convivência e cooperativas ligados ao Sistema Único de Saúde, estimulando a manifestação de subjetividades e o exercício de cidadania dos portadores de sofrimento mental. “Modelo similar foi implantado na cidade de São Paulo durante a gestão da prefeita Luíza Erundina, mas desmontado pelas administrações seguintes, principalmente pelo Plano de Assistência à Saúde – o PAS. Espaços gerais de saúde e a heterogeneidade que proporcionam são terapêuticos para aqueles que estão em tratamento por sofrimento mental, ao contrário destes espaços, que conduzem à segregação, exclusão e conseqüente aumento ao sofrimento”, diz Cristina.
Hospício e ditadura
O ano em que se comemoram, de um lado, 50 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos e, do lado oposto, cem anos de Juquery e 30 anos do AI-5, não poderia passar impunemente pela história e pela memória. Estes três fatos de marcas indeléveis merecem reflexão de todos os que lutam pela democracia, pelo estado de direito, defendem a cidadania e buscam as bases de uma sociedade mais próxima ao ideal de liberdade, fraternidade e igualdade.
“Considerando que o desconhecimento e o desprezo aos direitos do Homem conduziram a atos de barbárie que revoltam a consciência da Humanidade e que o advento de um mundo em que os seres humanos sejam livres para falar e para crer, libertos do terror e da miséria, foi proclamada como a mais alta inspiração do Homem”... A citação, retirada do preâmbulo da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a mesma que em seu artigo terceiro professa que “todo indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal”, remete de imediato a outro ponto convergente com a visão de que há mais motivos para luto do que para festa neste centenário do Juquery. Houve crescimento espantoso das instituições psiquiátricas durante a ditadura militar. Em 1964, eram 74 manicômios. No final do mais obscuro período da recente história brasileira, o número chegava a 395.
Na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, uma Comissão Parlamentar de Representação (CPR) é instaurada para investigar as conexões entre regime militar e Juquery, a pedido da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos. Presidida pelo deputado estadual Roberto Gouveia, do PT, a CPR descobre provas concretas da escusa relação: fichas médicas de presos políticos, enquadrados na Lei de Segurança Nacional, são encontradas no arquivo do hospital psiquiátrico, mostrando que o manicômio foi um dos porões da ditadura. Esta mesma Comissão localizou mais de mil ossadas numa vala clandestina do cemitério de Perus, que fica a apenas 13 quilômetros do manicômio.
Medidas punitivas
Em 2 de agosto de 1968, com o Juquery sob a direção do médico psiquiatra Paulo Fraletti, foi expedido um comunicado que ordenava que “todo o interno que for encontrado com qualquer tipo de arma, improvisada ou não, deverá ser recolhido à cela forte”. A instrução informava ainda que o paciente receberia aplicação de uma ampola de escopolamina de 0,2 mg e deveria ser notificado de que se tratava de “disciplina”, e não “terapêutica” essa medida. A substância foi largamente empregada nos campos de concentração nazistas e produz a sensação de morte iminente. Em altas dosagens, causa delírios e amnésia temporária – a pessoa não se lembra do que faz durante o efeito da droga. O médico Paulo Fraletti, justificando a medida, afirmou que “o bromato-hidrato de escopolamina acalma o doente furioso, agitado e perigoso”. Os eletrochoques, utilizados até hoje, também eram outra técnica com finalidade punitiva e não terapêutica, o que fere o código de ética de todo profissional ligado à saúde. A tortura era prática corriqueira.
Este documento e mais dois livros com os nomes de 12.500 pacientes mortos no Juquery entre 1965 e 1989 – que chegaram anonimanente às mãos do deputado Roberto Gouveia, ainda em 1992, quando presidia a CPR dos desaparecidos políticos – foram entregues no ato solene Juquery – Um Século de Mortes e Impunidades, ao assessor de Direitos Humanos da Procuradoria Geral de Justiça do Estado de São Paulo, Carlos Cardoso, em 24 de setembro deste ano, com cópia para a Associação SOS Saúde Mental.
Sepulturas coletivas
Outros livros, com nomes de mais mortos, num total avaliado de 33.977 óbitos, teriam sido queimados. “O ato foi escandalosamente atribuído a um acesso de loucura de um dos internos”, salienta Cristina. “No meio destes mais de 30 mil mortos existem dois mil adolescentes, crianças e natimortos, além de grande número de braços e pernas amputados. Espanta-nos a grande quantidade de crianças mortas. Seriam filhos de internas que chegaram grávidas? As crianças podem ser filhos de milhões de situações hipotéticas, mas certamente são, antes de tudo, filhos do abandono, da violência e da promiscuidade institucional. Há inclusive um caso muito significativo: duas crianças de dez dias, registradas como filhos de internas, morreram no mesmo dia e sem atestado de óbito. Nossa pergunta é se seria interessante para a instituição que estas crianças crescessem. Questionamos também a razão de tantas amputações”, reforça Cristina.
Conselho Regional de Psicologia de São Paulo, ONG SOS Saúde Mental, Núcleo de Violência da USP, Comissão Teotônio Vilela, Sindicato dos Psicólogos do Estado de São Paulo, Grupo Tortura Nunca Mais, Associação Franco Basaglia, Ordem dos Advogados do Brasil, Núcleo Antimanicomial de Ribeirão Preto, Instituto Sedes Sapientae, Grupo Maior Idade (Cidade Patriarca), Sindicato dos Servidores Públicos do Município de São Paulo, Faculdade de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo (USP), Conselho Regional de Serviço Social de São Paulo, Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos, Núcleo Antimanicomial de Carapicuíba, Conselho de Saúde do Pinel, Laboratório de Estudos em Psicanálise e Psicologia da USP, Conselho Municipal de Saúde e Sindicato dos Servidores de Saúde do Estado de São Paulo; todas entidades que militam na luta antimanicomial, realizaram o ato solene, que contou com as presenças dos parlamentares do PT, os vereadores de São Paulo Adriano Diogo e Carlos Neder, deputado estadual Roberto Gouveia e deputado federal Eduardo Jorge.
O Ministério Público está investigando o que aconteceu com os mortos do Juquery. “Queremos que se faça justiça ao que a história oficial sempre se esforçou por esconder. Há inclusive corpos de pacientes vindos de outras instituições, como delegacias e o Hospital Psiquiátrico Pinel, que deveriam estar em cemitério comum, e não terem ido para o Juquery. Não seria este cemitério um abrigo impune para os atos de tortura e lesa-cidadania?”, indaga Cristina Lopes. Embora haja somente 5.201 sepulturas no cemitério oficial, não se sabe quantos corpos podem estar sepultados em cada uma das covas. Antigos funcionários do hospital psiquiátrico, segundo a ONG, relatam a prática de enterrar vários cadáveres na mesma sepultura, numa superposição de corpos.
Esperança e Luta
Coordenada pela Associação SOS Saúde Mental e todas as entidades que participaram do ato solene, preocupadas com a defesa dos direitos humanos e da ética, a Comissão de Investigação – oficializada pela Procuradoria Geral de Justiça, inaugura o plantão SOS Ética e Cidadania, com sede no CRP-São Paulo. A população poderá informar, denunciar e manifestar interesse em localizar parentes vitimados pelo modelo asilar-manicomial, não só do Complexo do Juquery. “Objetivamos re-significar este cruel capítulo da história brasileira e ampliar as possibilidades assistenciais, jurídicas e culturais de enfrentamento ao sofrimentro mental”, conclui

06/01/08 18:46:37 Status: Arquivado
PARABÉNS!!!

Aproveito este espaço para parabenizar uma pessoa muito importante pra mim... Nesta semana eu lendo blogs pela net a fora, achei no blog do Jornal Zero Hora de Porto Alegre um post que fazia alusão ao CDI (Comitê para Democratização da Informática) citando o nome de ZHEREAL... Por que eu parabenizo? Pois esta pessoa passou por sérios problemas traumáticos de internações psiquiátricas e hoje luta com todas as forças para acabar com todo o tipo de preconceitos e abusos contra os doentes mentais... Ele faz um trabalho de inclusão digital e ressocialização de pacientes psiquiátricos e é citado no Blog da Vida (e por mim) como um exemplo... Ele faz parte da Luta Antimanicomial e tem em um de seus blogs um relato que conta como é a vida nos hospícios...Ele é e sempre foi uma pessoa simples e super dedicada no que faz, e esta lembrança do Jornal Zero Hora é mais uma prova de que seu trabalho está alcançando proporções significativas e que sua luta não é em vão... Por isto parabéns Ezequiel!!! Continue na sua luta pois em breve você terá todo o trabalho recompensado...

04/01/08 22:02:26 Status: Arquivado
LUTA ANTIMANICOMIAL

Semana passada eu li uma matéria na Internet sobre o fim dos Hospitais Psiquiátricos... O texto fazia alusão a uma reportagem do jornal O Globo publicado no início de Dezembro sobre a Luta Antimanicomial... A reportagem é um pouco chocante, pois mostra que com o fim dos manicômios, fato que vem ocorrendo desde 2001 por razão de uma lei aprovada pelo Senado sobre Reforma Psiquiátrica, a morte de doentes mentais aumentou em 41%... O governo fechou 25% dos hospícios e não criou substitutos, deixando os pacientes sem tratamento, lembrando que o Brasil tem 16,5 milhões de doentes mentais que precisam de internação e 20 milhões com problemas mentais mais leves, que precisam de tratamento também... Segundo a Reforma Psiquiátrica com o fechamento dos manicômios os Hospitais Gerais passariam a atender os pacientes psiquiátricos, com o auxílio de residências terapêuticas e CAPS (Centro de Atenção Psicossocial)... Mas não existem CAPS suficientes para atender os pacientes oriundos dos manicômios e nos Hospitais Gerais o número de leitos criados não é suficiente para cobrir os que foram cortados por razão da Reforma Psiquiátrica (12.551 contra 2.400)... Com isto muitos pacientes estão nas ruas, pois abandonados pelos parentes eles foram também abandonados pelos manicômios fechados... Ou seja, alguma coisa tem que ser feita, não pode é continuar pessoas morrendo enquanto outros lutam por interesses próprios ou não sei o que... A Reforma é super bem proposta, se funcionasse na prática como está na teoria seria excelente, mas todos conhecemos o Brasil... Vai acabar fechando todos os manicômios e os pacientes acabarão abandonados na rua... O familiar que sofre com este problema na família, aquele que teve um irmão, mãe ou filho em crise dentro de casa deve saber como é complicado lidar com a situação... Se simplesmente acabar com os manicômios, este número de mortes vai aumentar mais ainda... Eu acho que primeiro deveria preparar todos os Hospitais Gerais pra receber pacientes em crise, criar novos CAPS com profissionais capacitados para devolver o paciente à sociedade e responsabilizar os familiares dos doentes para que estes não sejam abandonados... Segundo a reportagem d’O Globo os pacientes já estão abandonados nas ruas... Este assunto divide muitas pessoas, muitos especialistas do meio psiquiátrico são contra e outros a favor... Mas leia a reportagem com calma e tire você também a sua conclusão... Clique Aqui e confira...

Um Abraço!!!

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